Inquérito Inquérito

Coração de Camarim

Já fiz uns rap de revolta, já!
Outros que fizeram chorar
Já quis a minha caneta de volta, já!
Quando as conta tentou tomar

Por vezes me senti sozinho
Claro que ninguém percebeu
Quem come acha que o pão já nasce pronto
Nem sabe o trabalho que deu

E eu fui um disco rodando no fim
O cantor na churrascaria cantando sozim
Tipo uma criança cheia de brinquedo
Sem nenhum amiguinho pra brincar

Último gole do último bêbado
Sentado no último bar
Triste como um dia de folga sem sol
Sozim como o operador de um farol

Aah, a vida é mesmo assim
Uma peça que é só tua, coração de camarim
Aeêh, a vida é mesmo assim
Essa peça que é só tua, meu coração
Meu coração de camarim

As vez meu coração é palco
As vez ele é camarim
Penso em jogar tudo pro alto
Depois recomeço do fim

E por fazer o que ninguém quis fazer
Por cantar o que ninguém quis cantar
Dá a cara pra bater
E crê quando ninguém quis acreditar

O circo pegou fogo correram, fiquei
Tentei salvar o que eu tinha
Briguei com Deus e os bombeiro, lutei
Mas não abandonei nenhuma linha

Fui caneta sem tinta tentando escrever
Ferindo o papel, machucando, até que
Aprendi quando vi a folha rasgada
Não existe vida sem carga!

Aah, a vida é mesmo assim
Uma peça que é só tua, coração de camarim
Aeh, a vida é mesmo assim
Essa peça tão só tua, meu coração
Meu coração de camarim

Caneta sem tinta tentando escrever
(-Caneta sem tinta tentando escrever!)
Ferindo o papel, machucando, até que
(Ferindo o papel, machucando, até que)
Aprendi quando vi a folha rasgada
(Aprendi quando vi a folha rasgada)
Não existe vida sem carga
(Não existe vida sem carga!)