Pode cre, Sistema Negro, mili ano de corrida
Ai, firmeza total mano, mó satisfação
Ter vocês com nós, é tudo nosso
Ai, sem palavra Renan

Sistema Negro agradece pelo convite ai moro mano
Sistema Negro, Inquérito, ma um grupo pra soma
Isso mesmo guerrero muito obrigado ai
Que Deus abençoe a caminhada
Ai do Inquérito ai, boa sorte
Firmeza total, é tudo nosso

Quem me conhece flagra, sabe da minha caminhada
Não é de hoje que to no bagulho ó
Várias pernada, mó corre e nada
Só tomei cansera, chá de cadera, água de tornera

Se é da velha escola ou nova?

Sei la, mó tumulto, muita idéia
Mais professor do que aluno
To a uma par de ano, ó mano
Só que ainda sou do prézinho

Sempre aprendendo, aperfeiçoando, evoluindo
Mó compromisso, é quente memo, não to de alegre
Tem mão que eu fico imaginado eu sem o rap
Ia se um Bezerra sem a malandragem

O timão sem a fiel, Zumbi sem coragem
Um crente sem biblia, Sabotage sem Canão
Um bar sem bebida, Brasilia sem ladrão
Mais quem é do corre só para quando morre, num cansa
Os guerrero da nata não lamenta, levanta

Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rap, até os humilde vai vim feroz
Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rap, até os humilde vai vim feroz

Tava eu e o Renan, dando um rolê com os 'Titã
Em 'Campinas numa avenida tipo umas dez da manhã
Semaforo fecho encosto uma 'Caravan
Do outro lado uns playboy num 'Corsinha 'Sedan

De topete e 'Raybam, estilinho Bam-bam
Cigarro de hortelã, ouvindo a Jovem Pan
Passou um guerrero sem perna num carrinho de rolimã
Se arrastando, tentando atrevassar aqui da 'Ban
O boy fez que nem viu, jogou a bituca no tio
Presenciei a cena, na hora o sangue subiu

Arrombado!

Depois reclama dos 157 e os 'Coban
Lembrei do indio queimado
Pataxó ou Paiacam?
Sei la, era gente não era, então é o que vale

Tanto faz se for executivo ou da Vega Sopave
Morrendo por um palmo de barraco, quantos milhares
Enquanto meia dúzia ai tem alquere, equitare

Na era do clone ainda tem fome, a cena é irônica
Falta comida no país da urna eletrônica

Mas se Deus mando uma arca pra salva os bicho
Não vai deixar os guerrero na mão fica tranquilo

Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz
Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz

Vem de ré vagabunda, zummm!
Passo por mim a milhão na John Boyd Dunlop
Estilo fórmula 1, socadão, aerofólio
Só que o som hum, ula, ula, bole, bole
Que que é cultura
Bunda ou musiquinha de folclore?

O rap, nunca me deu fazenda e nem 'Nelore
Nem por isso eu me vendi, vesti rosa choque
Só pra ganhar ibope, igual os loque milharal
Ai pamonha, deu milho viro 'Cural
E pra quem falo mal do interior paulista

Nossa quadrilha num é de festa junina
Infelizmente aqui também tem cadeia, pouca escola
Hé, nem tudo é rodeio, ou espora
No aeroporto da loucura os aviãozinho decola
Antigamente tinha paranga, hoje tem de sacola
E 'simbora, 'simbora
'Bandi que é 'bandi não faz campanha
E os bicho solto de mais eu deixo pro 'Ibama

Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz
Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz

Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz
Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz

Só os guerrero da nata, vem que vem, vagabundo é nós
Vai chama toda a rapa, até os humilde vai vim feroz
Só os guerrero da nata, meu Deus, nossa!
Não, eu errei, eu errei
Cantei outra coisa aqui mano, nossa senho-