Hoje eu sei que pensar incomoda como andar na chuva
Ainda mais se eu estiver de toca, calça larga e blusa
Detector me acusa: Revolução!
Me travam na giratória da discriminação
Por que pobre pensando é falta de educação
Fomo adestrado pra aceitar, pra raciocinar não
E os privilégios sempre pra minoria
Desigualdade é hereditária como as capitanias
Aqui o homem de bem, é o homem de bens
Que tem uma Merceds'Bens traz a maldade nos gens
Sem filho, vai deixar a herança pros Podlee
Tem de tudo, mas busca a paz no Google
Condomínios de segurança máxima
Pra ricos de alta periculosidade
Se dinheiro é poder, liberdade, por que?
Tanta cerca, e tanta grade!
(Modernizar o passado é uma evolução musical)
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê
Quem não liga pra real, só pra novela global
Quando ligar pro futuro, vai dar na caixa postal
A fita é fazer o bem sem pedir nota fiscal
A vida ensina e não tem nenhum manual
Até quando ficar vendo o mundo acabar
E ouvir o silêncio de quem não pode gritar
A liberdade pra ser miserável
Na verdade é a miséria da liberdade
Um salve da alma saveira, que o espelho tentou te esconder
A vida pulsando em você
Um salve da alma saveira, que o espelho tentou te esconder
A vida pulsando em você!
Quem quer paz não pode plantar sangue
No asfalto, no morro ou no mangue
Vai voltar pra você bumerangue
Quem quer paz não pode plantar sangue
No asfalto, no morro ou no mangue
Vai voltar pra você bumerangue!
(-A vida é bumerangue!)
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê
Lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê, lê